11.7.06

WAYNE KRAMER RULES

Não o guitarrista, mas o diretor do melhor thriller policial feito esse ano. Eu não ia ver esse 'No Rastro da Bala', pois quando vi o nome de Wayne Kramer imaginei que fosse o guitarrista do MC5. Como eu me lembro que gênios da música como Bob Dylan e Neil Young deram com os burros n'água quando quiseram demonstrar suas habilidades como diretores de cinema, achei que estava vacinado contar esses crimes (o que se deu bem foi Rob Zombie, que é da segunda divisão). O nome de Paul Walker me assustou também (aquele que não tem preconceitos atire a primeira pedra), pois não acho a menor graça em 'Velozes e Furiosos', que revelou atores tão luminares como Vin Diesel e Michelle Rodriguez. Mas quando vi o entusiasmo do colega de Cine Monstro Leandro, el Carazón, achei que podia sair algo desse mato... mal tinha acabado de locar e me loga o Cristian, entusiasmado ( ‘tu já viu esse filme? É sensacional!!!’ ‘não, zumbi elétrico, não vi, mas está locado, não estraga o final...’), achei que estava na pista certa. Realmente. É um raro thriller ‘hard boiled’, ultra nervoso e cruel. E Walker está bem, algo que eu duvidava vendo ser currículo anterior. O roteiro, do diretor, é sensacional, muito inteligente, com uma das maiores coleções de gente maluca e desagradável a dar as caras no mesmo filme nos últimos tempos. Altamente recomendado.

SLITHERS

Estréia na direção do garoto prodígio Jamie Gunn (roteirista de projetos tão díspares quanto Tromeo e Julieta, Scooby Doo e o novo Madrugada dos Mortos), ‘Slither’ (‘Criaturas Rastejantes’) cumpre tudo o que prometeu: é um belíssimo filme de horror, tão bacana quanto descompromissado e inteligente. Algum chato pode reclamar que não há grandes novidades na história. Realmente, mas a sabedoria está em fazer uma escolha muito bem feita de elenco (com o sempre eficiente Michael Rooker e a gostosona Elizabeth Banks), dosar as influências (a maior delas é o clássico oitentista ‘A Noite dos Arrepios’, mas há muito do ‘horror venéreo’ de Cronenberg e do ‘horror do corpo’ de Carpenter, além de citações à obra de Peter Jackson e Sam Raimi) e saber quando se levar a sério e (mais importante) quando não fazer isso. Uma pena que passou escondido, em dois cinemas com sessões às oito e dez da noite.

PREMONIÇÃO 3

Terceira parte da série iniciada a partir de um roteiro não utilizado no ‘Arquivo X’... não tem o frescor do primeiro filme nem é o inacreditável banho de sangue que é o segundo. Está longe de ser ruim (as mortes são bem boladas e sanguinolentas, a protagonista é uma gracinha e há uma bela cena com nudez gratuita que quase vale o ingresso só ela), mas o diretor-roteirista tem a irritante tendência de ficar explicando tudo um pouco demais para o meu gosto... nota 6, passou de ano, mas não empolga. Que a série fique por aqui.

Comments:
Você tem sorte, Thomaz: no interior do Estado, e falo em toda a região da Serra Gaúcha neste caso, SERES RASTEJANTES nem estreou. Só vi em uma cópia muito meia-boca que baixei da internet, e pelo visto não vou conseguir ver no cinema.

Já O CÓDIGO DA VINCI finalmente consegui ver ontem. Filme de caça ao tesouro, meio sem sal, mas fiel ao livro, que já não era Shakespeare, convenhamos. Acho que esperavam demais do material. Pra mim, passa com uma nota 7.
 
Acredita em mim, foi bem difícil ver o filme. Sessão 8 e 10 da noite é sacanagem, ainda mais passando em cinemas sem o desconto que eu tenho direito por ser correntista de um banco. Segundo o baixinho Petter o DVD já chega mês que vem...

Felipe, o melhor de 'Código da Vinci' nem era o livro, e sim a maneira que o escritor te agarrava e te forçava a ler o livro de uma vez, sem tempo para pensar. Isso não está nem um pouco perto de acontecer no filme, que é longo e consegue amplificar vários deefitos da obra, como certas 'suspensões da descrença' que passam batidas na obra literária e aqui são amplificadas. Não esperava Shakespeare, e sim uma bela história de ação, algo que não tive.
 
Assisti ontem o filme "No rastro da Bala". Filme tenso, uma mistura de David Lynch com filmes policiais ds anos oitenta e setenta, porém com mais agilidade. O Paul Walker surpreende de verdade, também não esperava por isso. O Seres rastejantes eu não vi, na minha cidade nem passou ainda...
Um abraço!
 
Oi THOMAZ o Seres Rastejantes é muito divertido e não tem pretensões maiores a não ser divertir os fãs do bom cinema de horror que tb curtem as referências cinematográficas de seu diretor. Pena que estreou sem mídia forte em meio a Copa do Mundo, sorte de quem viu enquanto esteve em cartaz, fui na sessão do meio da tarde em seu segundo dia de exibição e tinham no máximo 10 pessoas na sala. O Premonição 3 tem seus encantos claro mas creio que a série terminou, se bem que como deu muito lucro nos EUA é capaz de inventarem uma parte 4. Vc e o Caraça não gostam mesmo do diretor desse filme hein? E aí Felipe anda sumido gurí?
 
Não sei se é fase, mas só gostei de "No Rastro da Bala" e "Seres Rastejantes". São filmes legais, mas que num caso parece um sub-Tony Scott (quando esse acerta a mão) e no outro mostra que o James Gunn é um fã, mas só isso, não é nenhum cineasta lá muito bom, não dá para colocar no mesmo nível que cineastas como Jackson, Raimi ou mesmo do parceiro de "Madrugada..." dele, o Zack Snyder, que não só tem credenciais de fã, mas fora cenas de perseguição dirige bem pracaraio.

E, sério, tu acha esses filmes o máximo, Thomaz, e não gosta de "Fuga de Los Angeles"? Não faz sentido! Tu tem que revisar esse Carpenter, mesmo que seja "outra vez". Abração! Agora, fico na expectativa do Aja que vou ganhar de aniversário, já que estréia no dia 28 de julho.
 
E tinha sessão as 18h30, no Vitória, do "Seres Rastejantes". Agora, tenho que ver o "Premonição 3" e o "Super-Homem 3" do Bryan Singer!
 
don Marcelo, não sei o que o Leandro acha do James Wong, eu continuo achando ele mais um roteirista que filma seus roteiros, de forma competente mas com pouca imaginação, do que um cineasta vocacional. Espero ser desmentido por ele, mas isso ainda não ocorreu.

Davi, que bom se todos os filmes de Tony Scott fossem tão bem bolados e movimentados quanto 'No Rastro da Bala'. O mundo tava salvo, e eu não ia chamá-lo de clipeiro. E, em minha modesta opinião, a grande virtude de 'Seres Rastejantes' é ser tão 'pé no chão' quanto é. O cara tem 35 anos, está estreando na direção, vai aprender muito, tem para aonde crescer, e o filme é extremamente eficiente no que tenta ser, ou seja, um filme escapista de horror... exatamente o que NÃO é o caso do Carpenter em 'Fuga de Los Angeles', que tem três minutos legais (os últimos) e o resto todo dispensável, para usar um termo educado. Não tem o elenco maravilhoso do primeiro filme (qual o ator desse que se compara a Lee van Cleef?), não tem as majestosas cenas de ação do original, parece ter sido rodado no piloto automático, por um cineasta brocha e desinteressado, pensando no que ia filmar com a grana que tava ganhando naquele projeto mercenário... o que eu preciso entender é POR QUE vocês (penso em ti e no Isidoro, não sei se mais algum dos jovens turcos pensam assim) são fixados no segundo pior filme do cânone de Carpenter (só não é pior que 'Memórias de um homem invisível', o que teria sido não fosse a ótima cena final). Por favor, me expliquem isso algum dia, eu não entendo.
 
Nossa, eu não gostei muito das suas criticas com relação a alguns filmes e atores. como por exemplo , Paul Walker. Ele tem um talento inconfundível e se ainda não se destacou na mídia como deveria , é porque não teve um empurrãozinho merecido.E no Rastro da Bala ele está formidável, monstrando que é um ator de muitas qualidades e interpretações,sempre variando o seu jeito de interpretar conforme seus personagens.
Premonição 3 é uma das piores sequências de filmes de terror que eu já vi. Está fora da realidade, e até mesmo fictícia.As mortes podem até ser bem impressionantes, mas o contexto do filme continuou horrível, mesmo com cenas de nudez tentando chamar mais a atenção dos telespectadores.
 
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