30.12.06

Os Melhores do ano

O Labirinto do Fauno – Guillermo del Toro

Apavorante visão da infância na guerra franquista. Como se alguém precisasse de uma prova do talento de Guillermo del Toro, ele nos entrega um filme fantástico sem concessões ao bom gosto hollywoodiano, aonde os maiores monstros estão no lado humano da história. Triste, belo, um mostra de como a fantasia pode ajudar a viver uma vida em tempos mais negros que qualquer ficção.

Miami Vice - Michael Mann
Quando parecia que não haveria mais nada que prestasse em adaptações para o cinema de séries antigas, Michael Mann prova o contrário. Sensacional.
Filhos da Esperança - Alfonso Cuarón
Não é o meu filme do ano, mas tem três das sequências mais espetaculares que já vo.

Viagem Maldita- Alexandre Aja

Prova que Aja não era fogo de palha, e que Haute Tension não era um acidente de percurso. Impecável, melhor que o original (como Wes Craven mesmo admitiu), o que todos achamos que seria impossível.

A Prairie home companion – Robert Altman

Digna e emocionante despedida de Altman, da vida e do cinema.

Os Infiltrados – Martin Scorcese

Ultra nervoso, uma linda transposição de um filme chinês para a cultura americana. Impecável, seja em sua invejável parte musical, seja nas atuações.

Heart of Gold – Jonathan Demme

Elenco impecável (Neil Young, Emmylou Harris), cenário sensacional (Teatro Hyman, em Nashville), música sensacional (a fase country de Neil Young). Chega a ser covardia.

Volver – Pedro Almodover

Algo está esquisito no mundo quando o melhor filme feminista do ano é dirigido por um homem... Almovar em forma, não preciso dizer mais nada.

No Rastro da Bala – Wayne Kramer

Caso Scorcese não estivesse na ativa e tivesse feito um filme de gangster, esse seria o melhor filme scorcesiano do ano. Raro caso de filme clipado que não vira uma palhaçada.

Assombração – Pang Brothers

Pode ter decepcionado quem foi ver sangue e horror, mas é um dos filmes fantásticos do ano. Mais uma prova do talento dos irmãos Pang.

O Segredo de Brokeback Mountain – Ang Lee

O romance mais tocante do ano no cinema foi entre dois homens... isso é sinal de alguma coisa...

Cassino Royale – Martin Campbell

Bond é relevante de novo... Viva Martin Campbell!!! Prometo nunca mais chamá-lo de clipeiro e mau diretor.

Espíritos

Uma apavorante experiência cinematográfica vinda da Tailândia. Que venham mais!!!!!

O Albergue – Eli Roth

...e não é que o guri tem talento mesmo... não deve ser exatamente a obra mais popular do mundo no leste europeu, mas acaba convencendo na composição de climas e violência delirante.

Zona Morta

Borat – vi em divx, não estreou nos cinemas ainda. Hilariante
Dark Waters – Melhor DVD contemporâneo do ano. Lançado no mundo civilizado, não aqui.
Dellamore Dellamorte – Lançado em DVD no mundo civilizado. Fascinante. Melhor filme fantástico lançado em 15 anos.
De vota ao Vale das Bonecas – Obra-prima de Russ Meyer finalmente disponível em DVD.
Pelts – episódio de Dario Argento no Mestres de Horror deste ano. O maior banho de sangue do ano.
The Host – A surpresa do ano vem da Coréia, um filme de monstros que destrói todas as regras estabelecidas para filmes de monstros
Hall of Shame

O Sacrifício

Desaforo imenso com um dos melhores filmes dos anos 70. Dá vontade de trancar todos os responsáveis por ISSO num homem de palha e tacar fogo.

A Dama na Água

Há alguns anos atrás, Shalayan era comparado a Hitchcock e Spielberg. Mais uns dois ou três filmes como esse (e seu antecessor, A Vila) e sua turma vai passar a ser Ed Wood e Phil Tucker Jr, ainda mais depois que O Labirinto do Fauno mostrou como uma fábula adulta deve ser. Mostra o que ocorre quando um roteirista começa a achar que é gênio e não descarta suas idéias de girico.

Pulse

Seria candidato a pior refilmagem do ano caso não fosse atropelado por O Sacrifício. Ruim,medíocre. O que Wes Craven está fazendo nesse projeto é algo que chega a assustar aos que ainda acreditam em seu talento.

18.12.06

(Just like) Starting Over

Our life together is so precious together
We have grown, we have grown
Although our love is still special
Let's take a chance and fly away somewhere alone

It's been too long since we took the time
No-one's to blame, I know time flies so quickly
But when I see you darling
It's like we both are falling in love again
It'll be just like starting over, starting over

Everyday we used to make it love
Why can't we be making love nice and easy
It's time to spread our wings and fly
Don't let another day go by my love
It'll be just like starting over, starting over

Why don't we take off alone
Take a trip somewhere far, far away
We'll be together all alone again
Like we used to in the early days
Well, well, well darling

It's been too long since we took the time
No-one's to blame, I know time flies so quickly
But when I see you darling
It's like we both are falling in love again
It'll be just like starting over, starting over

Our life together is so precious together
We have grown, we have grown
Although our love is still special
Let's take a chance and fly away somewhere


Starting over


Uma parada de dois meses numa coisa instantânea como um blog marca um recomeço... como se eu tivesse perdido todos meus leitores e estivesse começando um blog novo. É assim que estou encarando isso... seria lindo se eu tivesse uma desculpa complexa e estapafúrdia para essa parada, mas meus motivos foram um pouco mais prosaicos: depois de dois anos de brigas com a imobiliária e o proprietário do apartamento que moramos (eu, Luciane, Groucha e Jordan), ele finalmente topou fazer a reforma que queríamos... e foram dois meses de pinturas, livros e DVDs encaixotados, bagunça... junto com isso uma bela duma sobrecarga de trabalho. O apartamento está habitável, pintado, não está mais caindo aos pedaços, isso é bom. Também é bom saber que vou ter um período tranquilo à frente, começo 2007 tirando 15 dias de férias, ou seja, nas próximas quatro semanas poderei postar com bem mais regularidade que estava fazendo isso nos últimos tempos... não parei de ver filmes, bem pelo contrário, então assunto é o que não vai faltar. Se preparem para me aguentar!!!

O FAUNO


Êta filminho difícil de avaliar... pois sou fã do diretor desde que vi seu primeiro filme (o fantástico Cronos), por ele estar sendo elogiado até pela crítica que normalmente não elogia filmes de horror... dá vontade de bancar o advogado do diabo e catar defeitos no mesmo... mas não vou fazer isso. Simples assim, o filme não merece. É cinema fantástico sem concessões, sem 'vergonha', feito da forma que tem que ser feito. É um conto de fadas sobre a solidão, sobre como a fantasia pode ajudar as pessoas a superar momentos difíceis na vida. Lembra 'Ana e os Lobos', de Saura, lembra demais 'O Espírito da Colméia', lembra as pinturas de Goya e Picasso. Lembra que o cinema fantástico não tem que ser alienado para ser bom. Altamente recomendado.

O NOVO HOMEM DE PALHA

Para cada refilmagem de 'Quadrilha de Sádicos' (relevante e inteligente) temos várias como essa aqui... êta filminho chato... transforma um dos mais marcantes momentos do cinema fantástico dos anos 70 numa palhaçada new age. 'Grandes' idéias como transformar o 'herói' carolão num tira ateu, a seita pagã num culto feminista e o papel que era de Christopher Lee passar para Ellen Burstyn já dão uma idéia do que temos aqui. Trocar Britt Ekland por Lelee Sobieski, ou seja, uma gostosona por uma anoréxica, segue no mesmo padrão. Tipo da situação que eu fiquei no cinema até o final mais para ver o que mais iam aprontar com o filme que eu gosto tanto...

HUNOS

Que dia aqui em Porto Alegre. Começando por umas dez da manhã um bando de baderneiros saiu na rua, para gritar, tomar cachaça e soltar foguetes. As pobres da Groucha e da Jordan, minhas gatas da raça 'Santana Streetcat', ficaram boa parte do dia embaixo da cama, assustadas. Que tipo de gente sai de casa para perturbar os gatos dos outros?

Nos vemos. Como diz a música, é como se eu estivesse começando de novo...

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